segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Doce Sonho

Postado por Amanda Luz às 09:41 1 comentários
Tenho algo a dizer. Não costumo lembrar-me dos meus sonhos, mas hoje, eu lembrei. Sonhei com Balas. De todos os tipos, de todos os sabores, de todas as essências. De todos os aspectos que uma mente quase inconsciente pode projetar. As balas com que eu sonhei possuíam uma essência além do mundo metafísico. Elas poderiam mudar o mundo. Recordo-me da bala vermelha, me deixou triste. Cada uma das balas me fazia expressar um sentimento diferente. Eu acordei, e tudo aquilo ficou para trás. Por um lado seria interessante manipular emoções, mas também não haveria sentido. Nunca pensei em minhas emoções, eu apenas as sinto. Na real, poucas são as pessoas que param para pensar nelas. Mas nem sempre emoções precisam ser questionadas. As atitudes que precisam. Entretanto, não faz sentido questionar a toda hora. Por mais que seja necessário julgar uma atitude, em certos momentos isso não pode ser considerada uma solução. Não queria me mudar para outro lugar, mas não me restou o direito de escolher, e muito menos de questionar, já estava decidido. Lamentar o que já foi proposto não coube mais às minhas perspectivas. Eu sabia, muita coisa iria mudar. E mudou. As mudanças têm esse dom. De súbito, quando acordei para a realidade, a tristeza me consumiu. Estava eu, em uma sala de aula rodeada de estranhos, que me olhavam estranho e falavam estranhamente. Não entendia uma palavra se quer. Mas tempo é uma dádiva, após alguns meses, consegui me integrar aquele mundo. E com todo esse tempo, pude perceber também que as pessoas de lá não eram muito acolhedoras. Não só comigo, mas um com os outros. Ofendiam-se o tempo todo, viviam isolados por orgulho e ódio. Não sabiam o significado de compaixão. Lembrei-me do meu sonho de alguns meses atrás. As Balas... Tudo o que eu precisava era daquelas balas que manipulam sentimentos e emoções... Elas seriam usadas com a melhor intenção, eu prometi. Como se fosse possível a existência desta utopia. Pensei nas balas durante muito tempo. Desejei-as. Até que certo dia, quando acordei, eu delirei novamente. Havia em minha escrivaninha uma cesta de balas semelhante a do meu sonho. As balas eram idênticas e havia um bilhete junto a elas. Eu já sabia o que fazer. No dia seguinte, distribuí-las a todos da minha sala, foi difícil recusarem. Cada bala usufruía de infinitos sentimentos prazerosos. Comecei a ser acolhedora com todos, assim como nunca foram comigo. As coisas começaram a mudar, os sentimentos começaram a mudar, as pessoas mudaram. Eu mudei a realidade! Não eu exatamente, as balas... As que surgiram do fruto da minha imaginação... Não entendo como tudo isso aconteceu, mas aconteceu, estou em um sonho agora, não mais na realidade. Tudo estava indo muito bem, fiz novos amigos. Até que certo dia, quando cheguei da escola, havia outro bilhete na minha escrivaninha. O bilhete alegava que as balas não tinham efeito nenhum fora dos sonhos, eram apenas balas. Eu apenas havia atuado diferentemente dos outros, eu os conquistei, com toda simplicidade possível, e fez toda a diferença. A paz havia voltado para a minha vida, e para todos os outros também. O problema não era que as pessoas não sabiam mais como dividir as suas tristezas, e sim porque se esqueceram de dividir suas alegrias. Não deixei de acreditar, não precisei de muita coisa. Apenas fui eu mesma. E minha vida ficou assim... Doce, como no meu sonho.

#narrativa;conto;  Amanda Luz.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Amar não tem preceito

Postado por Amanda Luz às 19:14 0 comentários

Realidade obscura
Não posso te ver
Saístes a minha procura
Mas morreu no viver
Da ausência de bravura



Você prometeu
E ele também
Tudo o que é meu
Já não é de ninguém
E tudo se perdeu



Desejada a proeza
Tempos de alegria
Agora só resta a tristeza
De toda melancolia
De toda natureza



Se tudo é realidade
Nada pode ser finito
Permita a moralidade
Permeie o que estava escrito
Seja qual for à verdade



Mantenha o devido valor
Não desvie a atenção
A essência daquela flor
Consumiu-se na escuridão
De uma vida sem amor



Mude o seu conceito
Escute seu coração
Seja imperfeito
Mas encare a situação
Pois amar, não tem preceito
Você ama, ou não.


Amanda Luz


sábado, 14 de agosto de 2010

Momentos

Postado por Amanda Luz às 16:18 2 comentários
Existem momentos e momentos. Momentos de alegria, de decepção, de aprendizagem. Mas existe momentos que não fazem sentido serem classificados. Momentos que não permitem uma explicação e não demonstram sinais vitais. São aqueles que te permitem a possibilidade de fugir instantaneamente da realidade para que seus pensamentos inconscientes desejados expressem o que você está sentindo. Eles permitem a você muitas possibilidades, porém, deixam muitas dúvidas. Entretanto, apesar de tudo, são momentos de reflexão. Aqueles em que seus pensamentos se tornam orações subseqüentes. E então, você acaba percebendo o que definitivamente está acontecendo à sua volta. A obscuridade vai embora, mas deixa em seu lugar algumas incertezas. Você faria tudo para desvendá-las, para algum dia, superá-las. Porém, a única solução é esperar. É fazer de tudo agora para que amanhã possa se concretizar. Tudo o que você tem neste exato momento é realizar, esperar e viver. E isso, é um ciclo constante e infinito. É à base de tudo da qual não faz parte a precipitação. Tudo acontece e tudo sempre pode acontecer. E tudo também acaba um dia. Só restarão memórias. Memórias de momentos vividos com a essência que pulsa o seu viver. A vida não é feita de décadas, de anos, de meses, de dias. A vida é feita de momentos. São eles que serão lembrados até que faça sentido esquecer. Sempre haverá momentos. Momentos essencialmente completos. Momentos em que sentiremos a falta de alguém. Momentos em que, se fosse possível retirar a pessoa de nossos sonhos e abraçá-la tudo faria sentido novamente. Portanto, sonhe com aquilo que você quiser. Faça aquilo que te faz bem. Seja o que você quer ser. Você possui apenas uma vida, e nela, só há uma chance de fazer aquilo que se deseja, seja qual for o momento.

"Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas."
 Augusto Cury.








 

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Obscuridade

Postado por Amanda Luz às 16:27 2 comentários
Tempos atrás não fazia sentido tentar entender. Nem se quer passou pela minha cabeça essa possibilidade, entender. Mas hoje, só hoje, eu entendo. Entendo o quão forte pulsava a força que me induzia a ficar longe de você, mesmo após toda a luz concebida. Mas isso sempre foi relativamente pouco. Talvez sempre seja. Nada poderá superar a pureza e o que realmente faz sentido. Talvez sempre seja incompreensível. Se não somos capazes de entender, quem mais poderá? Ninguém. Realmente, ninguém. Nossos corações eram realmente muito grandes para nos suportar. Porém, apenas até o momento em que os pedaços da minha vitalidade começaram a se corromper na sua alma vazia. E então, meu coração se partiu. E tudo o que era capaz de me suportar e de te suportar, desabou. Nós caímos, mas eu continuei vivendo. Vivendo sem coração. E então, comecei a perceber. Todos começaram a perceber. O que antes era um princípio, agora não é nada. Tudo se resume estatisticamente em pequenos grãos de cinzas levadas pelo vento até você. E quando tudo se resume, é porque terá um breve fim. O fim é patético, fácil, sem vida. É possível ir muito além dele e de todos. Mas não é fácil. E nem sempre da certo. Uma realidade utópica nunca substituirá o vazio. Aquele vazio que só pode ser preenchido por substâncias vitais e humanas. Ao contrário, ele sempre será vazio. Até o dia que os valores que realmente deveriam se concretizar voltarem a vigorar. O ideal seria que todos começassem a sentir em vez de manipular uma história de vida. A vida é feita de momentos. São eles que serão lembrados eternamente. Aqueles que fazem sentido e que não se consomem na escuridão. Na escuridão onde nada se vê nada se sente. Na escuridão onde só o fogo poderá ser capaz de iluminar. E mesmo se estiveres perdido nessa escuridão, não colocarei jamais a minha mão no fogo novamente, até que um dia faça sentido para você. Mas talvez, eu não esteja aqui para presenciar. Não mais.



sábado, 7 de agosto de 2010

Pai...

Postado por Amanda Luz às 16:22 2 comentários
Uma palavra tão simples para um coração tão grande! Sim, muito grande. Hoje é o dia. O dia em que todos os pais são homenageados. Mas apenas uma homenagem não é o suficiente. Na verdade, ela nunca será. Afinal, pai é tudo. Pai é amigo, companheiro, confidente. Tudo. É ele que sempre esteve ao seu lado, e mais do que isso. É ele quem sempre esteve a sua frente para abrir caminho. Aquele caminho que você faz diariamente. A trilha contínua. A vida. Portanto, todo dia é dia do pai. Estando sempre por perto, às vezes longe, sempre será o pai. O pai que faria tudo por você mesmo que muitas vezes isso não fosse possível. É aquele esforço, aquela dedicação, aquele amor constante e infinito que ele sempre proporcionou. Aquele que faz de você o que és hoje. É aquela ligação abstrata que nem o tempo pode apagar. Nada pode apagar. E nada pode mudar o meu bem maior, o que eu mais quero nessa vida. Seguir os seus passos. Vou segui-los exatamente como você me ensinou desde o primeiro dia que me ensinastes a andar. Vou segui-los até onde for possível. Até onde você passou a existir. E a partir daquele momento, irei te superar. Espero que ainda estejas aqui para ver que, além de seguir seus passos, me sai melhor que você. Será um sonho, uma virtude, uma dádiva. Obrigada por todo o carinho e o amor. Além das lembranças e do orgulho de ser sua filha, poderei dizer o que a vida de muitas pessoas não consegue atingir. Pai, eu venci. E se eu venci, foi por sua causa. Eu te amo!

Você é o melhor pai do mundo!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

About Future

Postado por Amanda Luz às 19:31 1 comentários
Não sei onde estou

Não posso mais ver

Mas nada mudou

Será difícil esquecer

Você acreditava

Mas ficou sem falar

Dizia que amava

E que ainda iria amar

Sentimentos vagando

Subitamente no escuro

Estou-me perguntando

O que será do futuro?

São todos os passos

As escolhas determinadas

Na revolta do compasso

Surgirão novas estradas


Nada fará sentido se você não acreditar. Só você poderá eternizar o que realmente fez sentido na maior parte da sua vida. O mundo dá muitas voltas. Se você desistir, ele continua sem você. Portanto, vale a pena tentar. E mais do que isso, vencer.  


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Viver ou Atuar?

Postado por Amanda Luz às 14:58 3 comentários
É compreensível que a maioria das pessoas queira sempre progredir casa vez mais em suas vidas em relação a tudo que possa envolver o seu jeito de ser e o seu jeito de agir. Afinal, quem não quer ser admirado e conceituado por ser tudo o que alguém sempre sonhou em ser? Pois é, muitos dão o máximo de si o tempo todo. Isso é muito bom claro. Mas é impossível ser perfeito o tempo todo, até porque a perfeição se quer existe. Concordo que podemos ser sempre cada vez melhores, e que mesmo em uma situação de conforto é necessário que criemos situações e desafios para ficarmos cada vez mais preparados para os conceitos que dão sentido a vida. Mas isso não significa que vamos acertar sempre. Algumas escolhas, seja por ingenuidade ou pelo simples fato de não pensar no próximo, às vezes nos levam para lugares obscuros. E a partir do momento em que tudo perde o sentido e você se encontra em um mundo desconhecido é como se tudo o que você acreditava na verdade não possuísse nenhum valor. Você se sente perdido e com medo de viver. Então você acaba atuando. Entretanto, a vida não é um teatro. Teatros sempre irão existir. Eles acabam, mas recomeçam em questão de segundos a partir do momento que surge uma nova idéia. Os teatros permitem ensaios para que tudo seja perfeito como um dia foi idealizado. Contudo, a vida está acontecendo agora, constantemente. Não lembramos o início da nossa historia teatral. Éramos muito jovens quando tudo começou. Mas a única certeza que nós temos é que iremos presenciar um fim, algum dia. Sim, essa é a única certeza que o ser humano pode ter. E essa certeza é o fim da vida que todos nós conhecíamos, e tudo não passará de vagas lembranças e palavras que foram deixadas vagando pelo mundo para que algum dia faça sentido para alguém. Se essa é a única certeza, como tudo poderá ser perfeito, sempre? Por mais que você seja bom o bastante isso sempre será relativamente pouco. Pensar pequeno não é para vida, e sim para o teatro. Uma peça teatral propõe a você falas adequadas para tudo e resposta para tudo. A vida não é assim. Mesmo que você dê o seu melhor, algum dia você irá errar. Errando você irá aprender e progredir. E mais do que isso, você irá entender. Se você não entendeu, continuarás insistindo no erro, e isso não te permitirá uma jornada passível e digna de um final feliz. Se nós estamos aqui, neste exato momento, é por motivos propositais. Fomos escolhidos para nascer onde cada um de nós se encontra neste exato momento. Portanto é preciso valorizar. E muito mais do que isso. É preciso entender que esse é apenas o ponto de partida. Se você nunca saiu do lugar, seja por medo ou por ilusão, você não está vivendo. Você não escolhe o começo, mas determinaras o desenvolvimento, e quando você menos esperar, o fim. A vida é um conjunto de capítulos que nunca foram ensaiados. Porém, se vivê-los intensamente é possível progredir continuamente até que tudo seja como você sempre quis. A sua realidade é a conseqüência de seus atos. Ensaios nunca adiantarão na vida. Eles nunca vão fazer sentido, não importa o que faça. Surpresas acontecem. Na real, tudo pode acontecer. E com o tempo, seja errando ou aprendendo, poderá ser tudo o que quiser. Isso apenas depende de você, das suas escolhas, e de discernir o que é adequado e impróprio. Você é livre para viver, mas também responsável por isso. Então, diante de qualquer situação, lembre-se que a vida não permite ensaios. Ela foi feita assim justamente para você viver. E vivendo você estará criando o seu próprio roteiro. Você poderá escolher e progredir. Poderá acertar e errar. E mas do que tudo, aprender. E se você aprende, é sinal de que todos os efeitos especiais do teatro não fazem mais sentido. E quando isso acontecer, significa que acabas de aprender o mais importante princípio, ser feliz.


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

Charles Chaplin



CARPE DIEM!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sentidos e Direções

Postado por Amanda Luz às 17:53 3 comentários
Fiquei por um bom momento observando o horizonte do mar. Encanta-me visualizar sua esplendorosa beleza que a todos encanta. Além de extraordinário, o horizonte também esbanja simplicidade. Ele é representado por uma simples reta. Uma reta que diante dos nossos olhos é uma paisagem, pois apenas observando, ela realmente representará um final. Porém na realidade aquela reta não é finita, após ela há muito sobre o mundo que ainda não pudemos entender. Na realidade, ela é até certo ponto, infinita, mas isto apenas para quem consegue imaginar a imensidão que há por traz dessa misteriosa ilusão de óptica capaz de nos fazer refletir sobre a vida. O horizonte é realmente maravilhoso. Mas ele não precisa de muito para agradar. Sempre foi o mesmo. Autêntico, Uniforme, Equilibrado, Retilíneo, Contínuo, e Simples. Passaram dias chuvosos e ensolarados, com lua e estrelados, e ele sempre continuou lá, intacto com a sua beleza distinta. Isso significa pureza, vida. A nossa vida é uma ponte retilínea a qual estamos sujeitos a percorrê-la infinitamente até o último dia de nossas vidas, e assim, ela passará a ser finita. O mesmo acontece com o horizonte, ele será infinito até quando ainda houver oceano, mas quando alcançar um continente, ele será finito. Em relação à vida, a infinidade não dura muito, por isso é preciso aproveitar o máximo possível, uma vez que, ela só existe enquanto estamos aqui, agora. Enquanto você está percorrendo a travessia retilínea da sua ponte, pode ser que, em certos momentos, algumas diagonais poderão ultrapassá-la profundamente. Sim, são obstáculos. E pode ser que, não poderás continuar se não enfrentá-los. As dificuldades sempre irão aparecer, portanto aproveite essa oportunidade para aprender com elas. Futuramente isto irá fazer muita diferença caso outra diagonal, mesmo com outro sentido, resolva interromper o seu caminho. Às vezes é preciso desistir e saber reconhecer uma derrota, mas desistir sempre será como se você estivesse trocando o sentindo de cada passo seu que percorre a travessia da sua ponte, estarás regredindo. O horizonte estará presente todos os dias da sua vida, ele nunca desistirá do mundo, de você. Mas se você desistir do mundo, da sua travessia, você estará desistindo de tudo o que era plausível de poder acreditar. Estarás ignorando o horizonte bem diante dos seus olhos. E apesar de tudo, não acaba aqui, o mundo continua sem você. E após um tempo, todos os seus ideais estarão perdidos pelo mundo e no finito mistério do horizonte da sua vida, da sua alma, da sua ponte, e da imensidão do mar. Ao menos que sua perspectiva permita a transformação de diagonais em retas horizontais uniformes e infinitamente cheias de esperança enquanto sua presença ainda fizer sentido.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Doce Sonho

1 comentários
Tenho algo a dizer. Não costumo lembrar-me dos meus sonhos, mas hoje, eu lembrei. Sonhei com Balas. De todos os tipos, de todos os sabores, de todas as essências. De todos os aspectos que uma mente quase inconsciente pode projetar. As balas com que eu sonhei possuíam uma essência além do mundo metafísico. Elas poderiam mudar o mundo. Recordo-me da bala vermelha, me deixou triste. Cada uma das balas me fazia expressar um sentimento diferente. Eu acordei, e tudo aquilo ficou para trás. Por um lado seria interessante manipular emoções, mas também não haveria sentido. Nunca pensei em minhas emoções, eu apenas as sinto. Na real, poucas são as pessoas que param para pensar nelas. Mas nem sempre emoções precisam ser questionadas. As atitudes que precisam. Entretanto, não faz sentido questionar a toda hora. Por mais que seja necessário julgar uma atitude, em certos momentos isso não pode ser considerada uma solução. Não queria me mudar para outro lugar, mas não me restou o direito de escolher, e muito menos de questionar, já estava decidido. Lamentar o que já foi proposto não coube mais às minhas perspectivas. Eu sabia, muita coisa iria mudar. E mudou. As mudanças têm esse dom. De súbito, quando acordei para a realidade, a tristeza me consumiu. Estava eu, em uma sala de aula rodeada de estranhos, que me olhavam estranho e falavam estranhamente. Não entendia uma palavra se quer. Mas tempo é uma dádiva, após alguns meses, consegui me integrar aquele mundo. E com todo esse tempo, pude perceber também que as pessoas de lá não eram muito acolhedoras. Não só comigo, mas um com os outros. Ofendiam-se o tempo todo, viviam isolados por orgulho e ódio. Não sabiam o significado de compaixão. Lembrei-me do meu sonho de alguns meses atrás. As Balas... Tudo o que eu precisava era daquelas balas que manipulam sentimentos e emoções... Elas seriam usadas com a melhor intenção, eu prometi. Como se fosse possível a existência desta utopia. Pensei nas balas durante muito tempo. Desejei-as. Até que certo dia, quando acordei, eu delirei novamente. Havia em minha escrivaninha uma cesta de balas semelhante a do meu sonho. As balas eram idênticas e havia um bilhete junto a elas. Eu já sabia o que fazer. No dia seguinte, distribuí-las a todos da minha sala, foi difícil recusarem. Cada bala usufruía de infinitos sentimentos prazerosos. Comecei a ser acolhedora com todos, assim como nunca foram comigo. As coisas começaram a mudar, os sentimentos começaram a mudar, as pessoas mudaram. Eu mudei a realidade! Não eu exatamente, as balas... As que surgiram do fruto da minha imaginação... Não entendo como tudo isso aconteceu, mas aconteceu, estou em um sonho agora, não mais na realidade. Tudo estava indo muito bem, fiz novos amigos. Até que certo dia, quando cheguei da escola, havia outro bilhete na minha escrivaninha. O bilhete alegava que as balas não tinham efeito nenhum fora dos sonhos, eram apenas balas. Eu apenas havia atuado diferentemente dos outros, eu os conquistei, com toda simplicidade possível, e fez toda a diferença. A paz havia voltado para a minha vida, e para todos os outros também. O problema não era que as pessoas não sabiam mais como dividir as suas tristezas, e sim porque se esqueceram de dividir suas alegrias. Não deixei de acreditar, não precisei de muita coisa. Apenas fui eu mesma. E minha vida ficou assim... Doce, como no meu sonho.

#narrativa;conto;  Amanda Luz.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Amar não tem preceito

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Realidade obscura
Não posso te ver
Saístes a minha procura
Mas morreu no viver
Da ausência de bravura



Você prometeu
E ele também
Tudo o que é meu
Já não é de ninguém
E tudo se perdeu



Desejada a proeza
Tempos de alegria
Agora só resta a tristeza
De toda melancolia
De toda natureza



Se tudo é realidade
Nada pode ser finito
Permita a moralidade
Permeie o que estava escrito
Seja qual for à verdade



Mantenha o devido valor
Não desvie a atenção
A essência daquela flor
Consumiu-se na escuridão
De uma vida sem amor



Mude o seu conceito
Escute seu coração
Seja imperfeito
Mas encare a situação
Pois amar, não tem preceito
Você ama, ou não.


Amanda Luz


sábado, 14 de agosto de 2010

Momentos

2 comentários
Existem momentos e momentos. Momentos de alegria, de decepção, de aprendizagem. Mas existe momentos que não fazem sentido serem classificados. Momentos que não permitem uma explicação e não demonstram sinais vitais. São aqueles que te permitem a possibilidade de fugir instantaneamente da realidade para que seus pensamentos inconscientes desejados expressem o que você está sentindo. Eles permitem a você muitas possibilidades, porém, deixam muitas dúvidas. Entretanto, apesar de tudo, são momentos de reflexão. Aqueles em que seus pensamentos se tornam orações subseqüentes. E então, você acaba percebendo o que definitivamente está acontecendo à sua volta. A obscuridade vai embora, mas deixa em seu lugar algumas incertezas. Você faria tudo para desvendá-las, para algum dia, superá-las. Porém, a única solução é esperar. É fazer de tudo agora para que amanhã possa se concretizar. Tudo o que você tem neste exato momento é realizar, esperar e viver. E isso, é um ciclo constante e infinito. É à base de tudo da qual não faz parte a precipitação. Tudo acontece e tudo sempre pode acontecer. E tudo também acaba um dia. Só restarão memórias. Memórias de momentos vividos com a essência que pulsa o seu viver. A vida não é feita de décadas, de anos, de meses, de dias. A vida é feita de momentos. São eles que serão lembrados até que faça sentido esquecer. Sempre haverá momentos. Momentos essencialmente completos. Momentos em que sentiremos a falta de alguém. Momentos em que, se fosse possível retirar a pessoa de nossos sonhos e abraçá-la tudo faria sentido novamente. Portanto, sonhe com aquilo que você quiser. Faça aquilo que te faz bem. Seja o que você quer ser. Você possui apenas uma vida, e nela, só há uma chance de fazer aquilo que se deseja, seja qual for o momento.

"Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas."
 Augusto Cury.








 

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Obscuridade

2 comentários
Tempos atrás não fazia sentido tentar entender. Nem se quer passou pela minha cabeça essa possibilidade, entender. Mas hoje, só hoje, eu entendo. Entendo o quão forte pulsava a força que me induzia a ficar longe de você, mesmo após toda a luz concebida. Mas isso sempre foi relativamente pouco. Talvez sempre seja. Nada poderá superar a pureza e o que realmente faz sentido. Talvez sempre seja incompreensível. Se não somos capazes de entender, quem mais poderá? Ninguém. Realmente, ninguém. Nossos corações eram realmente muito grandes para nos suportar. Porém, apenas até o momento em que os pedaços da minha vitalidade começaram a se corromper na sua alma vazia. E então, meu coração se partiu. E tudo o que era capaz de me suportar e de te suportar, desabou. Nós caímos, mas eu continuei vivendo. Vivendo sem coração. E então, comecei a perceber. Todos começaram a perceber. O que antes era um princípio, agora não é nada. Tudo se resume estatisticamente em pequenos grãos de cinzas levadas pelo vento até você. E quando tudo se resume, é porque terá um breve fim. O fim é patético, fácil, sem vida. É possível ir muito além dele e de todos. Mas não é fácil. E nem sempre da certo. Uma realidade utópica nunca substituirá o vazio. Aquele vazio que só pode ser preenchido por substâncias vitais e humanas. Ao contrário, ele sempre será vazio. Até o dia que os valores que realmente deveriam se concretizar voltarem a vigorar. O ideal seria que todos começassem a sentir em vez de manipular uma história de vida. A vida é feita de momentos. São eles que serão lembrados eternamente. Aqueles que fazem sentido e que não se consomem na escuridão. Na escuridão onde nada se vê nada se sente. Na escuridão onde só o fogo poderá ser capaz de iluminar. E mesmo se estiveres perdido nessa escuridão, não colocarei jamais a minha mão no fogo novamente, até que um dia faça sentido para você. Mas talvez, eu não esteja aqui para presenciar. Não mais.



sábado, 7 de agosto de 2010

Pai...

2 comentários
Uma palavra tão simples para um coração tão grande! Sim, muito grande. Hoje é o dia. O dia em que todos os pais são homenageados. Mas apenas uma homenagem não é o suficiente. Na verdade, ela nunca será. Afinal, pai é tudo. Pai é amigo, companheiro, confidente. Tudo. É ele que sempre esteve ao seu lado, e mais do que isso. É ele quem sempre esteve a sua frente para abrir caminho. Aquele caminho que você faz diariamente. A trilha contínua. A vida. Portanto, todo dia é dia do pai. Estando sempre por perto, às vezes longe, sempre será o pai. O pai que faria tudo por você mesmo que muitas vezes isso não fosse possível. É aquele esforço, aquela dedicação, aquele amor constante e infinito que ele sempre proporcionou. Aquele que faz de você o que és hoje. É aquela ligação abstrata que nem o tempo pode apagar. Nada pode apagar. E nada pode mudar o meu bem maior, o que eu mais quero nessa vida. Seguir os seus passos. Vou segui-los exatamente como você me ensinou desde o primeiro dia que me ensinastes a andar. Vou segui-los até onde for possível. Até onde você passou a existir. E a partir daquele momento, irei te superar. Espero que ainda estejas aqui para ver que, além de seguir seus passos, me sai melhor que você. Será um sonho, uma virtude, uma dádiva. Obrigada por todo o carinho e o amor. Além das lembranças e do orgulho de ser sua filha, poderei dizer o que a vida de muitas pessoas não consegue atingir. Pai, eu venci. E se eu venci, foi por sua causa. Eu te amo!

Você é o melhor pai do mundo!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

About Future

1 comentários
Não sei onde estou

Não posso mais ver

Mas nada mudou

Será difícil esquecer

Você acreditava

Mas ficou sem falar

Dizia que amava

E que ainda iria amar

Sentimentos vagando

Subitamente no escuro

Estou-me perguntando

O que será do futuro?

São todos os passos

As escolhas determinadas

Na revolta do compasso

Surgirão novas estradas


Nada fará sentido se você não acreditar. Só você poderá eternizar o que realmente fez sentido na maior parte da sua vida. O mundo dá muitas voltas. Se você desistir, ele continua sem você. Portanto, vale a pena tentar. E mais do que isso, vencer.  


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Viver ou Atuar?

3 comentários
É compreensível que a maioria das pessoas queira sempre progredir casa vez mais em suas vidas em relação a tudo que possa envolver o seu jeito de ser e o seu jeito de agir. Afinal, quem não quer ser admirado e conceituado por ser tudo o que alguém sempre sonhou em ser? Pois é, muitos dão o máximo de si o tempo todo. Isso é muito bom claro. Mas é impossível ser perfeito o tempo todo, até porque a perfeição se quer existe. Concordo que podemos ser sempre cada vez melhores, e que mesmo em uma situação de conforto é necessário que criemos situações e desafios para ficarmos cada vez mais preparados para os conceitos que dão sentido a vida. Mas isso não significa que vamos acertar sempre. Algumas escolhas, seja por ingenuidade ou pelo simples fato de não pensar no próximo, às vezes nos levam para lugares obscuros. E a partir do momento em que tudo perde o sentido e você se encontra em um mundo desconhecido é como se tudo o que você acreditava na verdade não possuísse nenhum valor. Você se sente perdido e com medo de viver. Então você acaba atuando. Entretanto, a vida não é um teatro. Teatros sempre irão existir. Eles acabam, mas recomeçam em questão de segundos a partir do momento que surge uma nova idéia. Os teatros permitem ensaios para que tudo seja perfeito como um dia foi idealizado. Contudo, a vida está acontecendo agora, constantemente. Não lembramos o início da nossa historia teatral. Éramos muito jovens quando tudo começou. Mas a única certeza que nós temos é que iremos presenciar um fim, algum dia. Sim, essa é a única certeza que o ser humano pode ter. E essa certeza é o fim da vida que todos nós conhecíamos, e tudo não passará de vagas lembranças e palavras que foram deixadas vagando pelo mundo para que algum dia faça sentido para alguém. Se essa é a única certeza, como tudo poderá ser perfeito, sempre? Por mais que você seja bom o bastante isso sempre será relativamente pouco. Pensar pequeno não é para vida, e sim para o teatro. Uma peça teatral propõe a você falas adequadas para tudo e resposta para tudo. A vida não é assim. Mesmo que você dê o seu melhor, algum dia você irá errar. Errando você irá aprender e progredir. E mais do que isso, você irá entender. Se você não entendeu, continuarás insistindo no erro, e isso não te permitirá uma jornada passível e digna de um final feliz. Se nós estamos aqui, neste exato momento, é por motivos propositais. Fomos escolhidos para nascer onde cada um de nós se encontra neste exato momento. Portanto é preciso valorizar. E muito mais do que isso. É preciso entender que esse é apenas o ponto de partida. Se você nunca saiu do lugar, seja por medo ou por ilusão, você não está vivendo. Você não escolhe o começo, mas determinaras o desenvolvimento, e quando você menos esperar, o fim. A vida é um conjunto de capítulos que nunca foram ensaiados. Porém, se vivê-los intensamente é possível progredir continuamente até que tudo seja como você sempre quis. A sua realidade é a conseqüência de seus atos. Ensaios nunca adiantarão na vida. Eles nunca vão fazer sentido, não importa o que faça. Surpresas acontecem. Na real, tudo pode acontecer. E com o tempo, seja errando ou aprendendo, poderá ser tudo o que quiser. Isso apenas depende de você, das suas escolhas, e de discernir o que é adequado e impróprio. Você é livre para viver, mas também responsável por isso. Então, diante de qualquer situação, lembre-se que a vida não permite ensaios. Ela foi feita assim justamente para você viver. E vivendo você estará criando o seu próprio roteiro. Você poderá escolher e progredir. Poderá acertar e errar. E mas do que tudo, aprender. E se você aprende, é sinal de que todos os efeitos especiais do teatro não fazem mais sentido. E quando isso acontecer, significa que acabas de aprender o mais importante princípio, ser feliz.


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

Charles Chaplin



CARPE DIEM!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sentidos e Direções

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Fiquei por um bom momento observando o horizonte do mar. Encanta-me visualizar sua esplendorosa beleza que a todos encanta. Além de extraordinário, o horizonte também esbanja simplicidade. Ele é representado por uma simples reta. Uma reta que diante dos nossos olhos é uma paisagem, pois apenas observando, ela realmente representará um final. Porém na realidade aquela reta não é finita, após ela há muito sobre o mundo que ainda não pudemos entender. Na realidade, ela é até certo ponto, infinita, mas isto apenas para quem consegue imaginar a imensidão que há por traz dessa misteriosa ilusão de óptica capaz de nos fazer refletir sobre a vida. O horizonte é realmente maravilhoso. Mas ele não precisa de muito para agradar. Sempre foi o mesmo. Autêntico, Uniforme, Equilibrado, Retilíneo, Contínuo, e Simples. Passaram dias chuvosos e ensolarados, com lua e estrelados, e ele sempre continuou lá, intacto com a sua beleza distinta. Isso significa pureza, vida. A nossa vida é uma ponte retilínea a qual estamos sujeitos a percorrê-la infinitamente até o último dia de nossas vidas, e assim, ela passará a ser finita. O mesmo acontece com o horizonte, ele será infinito até quando ainda houver oceano, mas quando alcançar um continente, ele será finito. Em relação à vida, a infinidade não dura muito, por isso é preciso aproveitar o máximo possível, uma vez que, ela só existe enquanto estamos aqui, agora. Enquanto você está percorrendo a travessia retilínea da sua ponte, pode ser que, em certos momentos, algumas diagonais poderão ultrapassá-la profundamente. Sim, são obstáculos. E pode ser que, não poderás continuar se não enfrentá-los. As dificuldades sempre irão aparecer, portanto aproveite essa oportunidade para aprender com elas. Futuramente isto irá fazer muita diferença caso outra diagonal, mesmo com outro sentido, resolva interromper o seu caminho. Às vezes é preciso desistir e saber reconhecer uma derrota, mas desistir sempre será como se você estivesse trocando o sentindo de cada passo seu que percorre a travessia da sua ponte, estarás regredindo. O horizonte estará presente todos os dias da sua vida, ele nunca desistirá do mundo, de você. Mas se você desistir do mundo, da sua travessia, você estará desistindo de tudo o que era plausível de poder acreditar. Estarás ignorando o horizonte bem diante dos seus olhos. E apesar de tudo, não acaba aqui, o mundo continua sem você. E após um tempo, todos os seus ideais estarão perdidos pelo mundo e no finito mistério do horizonte da sua vida, da sua alma, da sua ponte, e da imensidão do mar. Ao menos que sua perspectiva permita a transformação de diagonais em retas horizontais uniformes e infinitamente cheias de esperança enquanto sua presença ainda fizer sentido.
 

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